Palestra Atualiza Cenário Epidemiológico de Arboviroses, Hantaviroses e Leptospirose em Oriximiná

Profissionais da saúde se capacitam para enfrentar emergências e fortalecer a vigilância em endemias.

Em um cenário em que a saúde pública enfrenta desafios contínuos, a atualização constante sobre doenças emergentes e reemergentes torna-se essencial para a efetividade das ações de controle e prevenção. Nesta quinta-feira 24, o 9° Centro Regional de Saúde, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA) de Santarém, promoveu uma palestra focada no cenário epidemiológico dos agravos e na situação de emergência de arboviroses, hantaviroses e leptospirose.

O evento teve como agentes de público-alvo de endemias, profissionais de atenção básica, e equipes de vigilância hospitalar e epidemiológica de Oriximiná, reforçando a importância da capacitação contínua dos profissionais que atuam na linha de frente do combate a essas doenças.

Durante a palestra, os técnicos do 9° CRS/SESPA destacaram a importância de uma abordagem integrada e colaborativa para enfrentar os desafios de impostos pelas doenças transmitidas por vetores e pelo ambiente. As arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, continuam sendo uma preocupação significativa para a região devido à sua alta incidência e ao impacto que causam na saúde pública. A atualização das estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dessas doenças, foi um dos tópicos centrais da apresentação, com ênfase no uso de novas tecnologias para o monitoramento e controle do vetor.

Outro tema abordado foi a hantavirose, uma doença transmitida por roedores que, embora menos frequente, possui um alto índice de letalidade. A apresentação reforça a necessidade de medidas preventivas que envolvam desde a conscientização sobre o manejo adequado de alimentos e resíduos até o fortalecimento das ações de vigilância em áreas rurais e urbanas onde a presença de roedores é mais significativa.

Por fim, a leptospirose, uma doença bacteriana transmitida pela urina de animais, especialmente roedores, foi destacada devido ao seu aumento durante períodos de chuvas intensas e enchentes, condições comuns em várias regiões do Pará. Os técnicos enfatizaram a importância de práticas de saneamento básico e medidas educativas que reduzam o contato da população com áreas alagadas e águas contaminadas.

Texto de Patrício Coimbra
Foto: Daniel Viana/SEMSA
Prefeitura Municipal de Oriximiná